Antibióticos não vão me ajudar.

Com o vírus do desanimo. Desmotivação. É um momento delicado. Isso tudo é complicado...

A fraqueza invadiu o meu corpo e alma, minha mente sente-se cansada e não há nada que possa fazer, além de ser positiva e forte. O que por ironia, não é o meu forte.
Eu caio no poço e fico no escuro. Me rendo, me deixo cair, me deixo fragilizada sem nem mesmo me importar. Queria ser dessas pessoas que caem, se levantam e mesmo na escuridão não perdem a motivação para continuar lutando.
Quem sabe eu não me torne assim, quem sabe...

Meio do fim.

Quando sou eu, parece que não dá pra chorar nem sofrer da minha maneira. Se eu fico quieta e sou objetiva, sou tachada de grosseira e não deveria estar agindo assim porque quem sofre mais é a minha mãe. Que culpa tenho eu de agir dessa maneira num momento de choque? É meu jeito, caralho.

Não fazem nem dois anos que minha avó faleceu de leucemia e desde a cirurgia do meu avô no ano passado, ele só vem a piorar e a cada dia fica mais longe da melhora, de nós e longe da vida. Dói ouvir o diagnóstico, dói ouvir o que está por vir e ver isso tudo acontecendo amanhã, hoje. Simplesmente dói lembrar e dói saber que vai ser tudo o que vai restar novamente. Lembrar de outro avô.
Dói a dor na minha querida avó, no meu tio. Queria tomar uma pílula e acordar só quando desse na telha, e nem me importar que as coisas não teriam mudado ou que seria covardia. Só queria um tempo longe da dor que não cessa.
Só queria silêncio, ausência.

Eram três.


A morte é dura.
Ela vem mas não fica. Vem aos poucos ou de um só golpe e leva tudo. Leva tudo e nada deixa. Varre os escombros e taca fogo pra não deixar resquícios.
A morte, seja lenta ou não, aniquila pedaços. Traz sequelas para aqueles que ficam.
Fim ou recomeço, já não sei. Fim para os que aqui se encontram. Recomeço? Vai saber.
No final, tudo se resume a fotografias, lembranças e um nome na árvore genealógica, até que tudo isso também se perca e se torne nada.
Nada.