A vida vai tomando seu rumo

Sei que tenho vindo pouco aqui e, inclusive cheguei a me esquecer de que tinha um blog durante alguns dias. Prometo não abandonar o blog, me prometo a mim mesma, mesmo sabendo não ser necessário.
Esses dias lí "O Pequeno Príncipe", adorei! Nunca tive curiosidade pelo livro, mas de repente ele apareceu outra vez na minha frente e resolvi aproveitar a oportunidade. O Pequeno Príncipe é um livro muito bonito e cheio de metáforas, como todos aqueles que já o leram sabem... Também li um livro de poemas da Sylvia Plath, Ariel. Ela tem bons poemas mas eu sempre vou preferir os textos dela... E bem... Ganhei um livro do Guina com uma recopilação de todos os diários que ela escreveu (somente na fase adulta) desde 1950 até 1962. Ontém a noite mesmo já comecei a leitura. Fico feliz por estar recuperando esse hábito...
De resto estou arrumando meu canto aqui, hoje o Guina e o tio Guigo arrumaram uma mesa aqui no meu quarto para que eu possa estudar e usar meu computador aqui. Ficou ótimo e o espaço deu certinho! Queria contar mais coisas, falar dos meus sentimentos ou da Cláudia e de mim. Vocês não devem estar entendendo nada e eu menos ainda. Mas uma hora me acho e vai ser Natália ou Cláudia, uma vai ser a primeira e a outra vai complementar. Espero ansiosamente por esse dia...
Tenho muito o que dizer, mas opino que nada do que tenho para contar vale a pena ser escrito. São só banalidades, coisas corriqueiras... Meu blog precisa de sentimentos, pensamentos, de crises ou de textos/poemas... Uma hora eu volto com uma postagem melhor, quando eu estiver pior. Só funciona assim... Espero não precisar voltar tão cedo.

Tempos melhores vieram...

Acho que todo esse tempo que morei na Espanha eu vivia com a desculpa de que nada era definitivo e que quando eu voltasse pro Brasil nada daquilo iria importar, acho que isso influiu a que eu não me adaptasse completamente com o povo de lá. Eu parei de me esforçar involuntariamente e muito rápido.
Agora que estou aqui me dou conta de que me dá um pouco de medo o fato de não ter nenhuma desculpa pra fugir da realidade quando ela estiver me sufocando. Me dá medo não ter um lugar pra onde voltar, não ter viagens pra fazer... Me dá medo toda essa vida que me espera lá.
Talvez seja essa certeza e essa estabilidade que eu precise pra me sentir bem, porque por mais que eu viajasse e me enchesse de falsas desculpas eu nunca me senti com os pés na realidade. Era como se eu estivesse vivendo em um mundo surreal, só faltava o cenário dos quadros de Dalí para completar essa sensação. E alguns unicórnios.
Agora a realidade está começando e eu fico parada olhando-a com temor. O medo a viver me acompanha.
Isso é só um medo bobo, uma coisa que vou ter que enfrentar querendo ou não. Sinceramente não me preocupa. Já passei por tantas coisas e já me senti tão infeliz que me tornei uma pessoa muito mais forte. Posso encarar qualquer problema estúpido da adolescencia agora, porque nada vai me fazer voltar a me sentir tão fraca e infeliz.
Acho fascinante observar como a fraqueza de uma pessoa que caiu no fundo do poço e consegue se levantar a torna mais forte para encarar outras situações da vida e que ao mesmo tempo ela se torna mais fragilizada e sensível. Como uma pessoa pode se tornar forte e fraca de uma própria desgraça?
Enfim, não vim aqui pra ficar falando de desgraças, porque felizmente os tempos melhores que tanto buscava vieram. Já estou no Brasil e somente estar aqui já me faz uma pessoa mais forte e mais capaz, pouco a pouco vou redescobrindo isso...

Felicidade

Como a maioria deve saber estou de volta à terra amada. Cheguei para ficar.
Tudo está correndo bem e devo dizer que meu ano começou com o pé direito em todos os aspectos, não tenho do que me queixar!
Quanto durará? Não sei, mas quando a felicidade está aí não se deve questionar muito, simplesmente aproveitar.
Estou no Rio e tenho saído muito, comprado algumas roupas, ganhado muitas outras hehe Me sinto feliz aqui. Amanhã vou acordar bem cedinho para a felicidade de todos nessa casa e vou ir pra praia sem reclamar, dar uma bela caminhada e pedir pra tirarem fotos minhas para provar que eu fui para a praia haha :P Quero ver se vou ver o Cristo Redentor, Pão de Açucar e todas essas coisas típicas... Vou pedir pro pai.
Como já disse, tudo está perfeito, mas devo contar que no primeiro dia que cheguei aqui me controlei para não chorar algumas vezes, ao perceber que minha vó não estava mesmo por aqui. Depois acostumei e aceitei, mas hoje quando estavamos voltando do Barra Shopping de carro ouvindo uma música tranquila, e já era de noitezinha... Fiquei pensando que ela estaria ali na porta quando eu chegasse, sorrindo e falando comigo. Quando comecei a pensar nisso imediatamente disse a mim mesma que tirasse esses pensamentos da cabeça e já voltei a pensar em coisas boas. Estou nas nuvens e daqui de cima é fácil de respirar.