Obrigada às moscas!

Muitas pessoas dizem que é melhor ter o inimigo por perto para controlá-lo do que tê-lo longe, mas acho que para mim isso não funciona muito bem.

Eu sou o tipo de pessoa que me apego ao inimigo, mesmo sabendo que nele não posso confiar. Que todas suas palavras não passam de lorotas recheadas de falsidade e cuidadosamente embrulhadas em um belo papel seda cor-de-rosa, só para me confundir.
Prefiro manter o inimigo apartado, mas não deixar de monitorá-lo à distância. Desta forma é mais seguro, mais certeiro. Assim não corro riscos, não me apego e nem sofro aquela sensação contraditória do até gostei de ti, mas sei que não devo -e nem posso- confiar. Pra mim, essa é a pior de todas.
É difícil se manter firme quando essa última sensação se apresenta. Você conhece melhor o seu inimigo e até chega a pensar que ele até poderia ser seu camarada. Pura enganação, puro teatro! Seu inimigo é bom de papo. Te confunde sem você nem mesmo perceber.
Com apenas tinta preta e um pincel na mão, te retrata em um segundo, te lê página por página em quase nada e prepara a próxima cilada. Inimigo não dá pra tentar entender ou ser bonzinho, pois na primeira oportunidade ele pisa sem dó nem piedade.
Do inimigo só dá pra sentir pena. Não dá pra descer do salto nem deixar-se afetar. Do inimigo eu tiro algo proveitoso: me inspirei para escrever e deixo de me inspirar na hora de viver.

Nada de nada

Às vezes eu paro para pensar por que ainda continuo com esse blog. É claro que não quero -e não vou- acabar com ele, mas hoje resolvi ver minhas postagens antigas de 2009 tentando encontrar o que me fazia escrever, sobre o que falava e porque tudo saia tão bonito e me saciava tanto.
Realmente, acho que só me satisfaço plenamente com as minhas escrituras quando estou triste, pois é aí que elas realmente tem a função que me interessa. É na tristeza que sou mais crítica, é na tristeza que tudo sai mais fácil e, até 2009 posso dizer que não era uma pessoa muito feliz. Naquela época tudo o que eu necessitava era escrever.
Gostaria de poder mudar isso e continuar a escrever igualmente bem mesmo estando feliz, porque sei que em algum momento teria que abrir mão da minha escrita ou da minha felicidade. E cá entre nós, prefiro estar feliz do que escrever tristezas.
Vai ver é só uma questão de aprendizado, um dia aprendo como conciliar ambas coisas. Quem sabe, quem sabe...


Mudando de assunto, recebi um selo do Sandro do blog RIMAS DO PRETO. Muito obrigada! :D

Amor x Reflexões

Estar apaixonado é falar de amor. Falar de amor o tempo todo.

Bom, melhor apaixonada do que triste.

Só me incomoda ter uma mente tão revolta, cheia de pensamentos e complexa e não explorá-la mais, aqui, neste cantinho. Um turbilhão de pensamentos agitando-se prestes a explodir, implorando para sair. Como uma tempestade de areia no deserto, uma tempestade marítima em uma noite solitária de inverno. Água fria, ondas furiosas e violentas.
Uma hora hão de voltar as reflexões, uma hora hei de voltar a exercitar a cabeça, o coração, meu íntimo e minha maneira predileta de me expressar. Agora é hora de aproveitar e me apaixonar.

O amor chegou

Andei um tanto ausente, andei um tanto perdida. Mais tarde responderei aos belos comentários da minha postagem anterior, mas agora mesmo a única coisa que preciso é escrever.

É engraçado que sempre que deixamos de procurar por algo, esse algo aparece. Desde as coisas mais pequenas, essas besteirinhas do dia-a-dia, até grandes sentimentos, como no meu caso, o amor.
Andei minha vida inteira procurando por amor e por alguém a quem amar e quando finalmente consigo eliminar toda a esperança do meu coração (algo que antes nunca havia conseguido), o amor me aparece e começa a derrubar todas as barreiras que eu havia construído.
Tudo está indo mais que bem, poderia dizer até perfeito, mas o que acontece é que como o amor está quebrando as minhas regras, pela primeira vez na vida, eu sinto como se tivesse que ficar sempre alerta. Quando me dou conta, estou me entregando e abrindo o meu coração pra alguém e para mim isso é inadmissível.
Estou me monitorando o tempo inteiro pra não demonstrar tanto meu afeto, porque de todas as vezes que já demonstrei meus verdadeiros sentimentos as pessoas se cansaram e me deixaram ali, sentindo sozinha.
Diversas vezes sou pouco carinhosa, em mais vezes ainda fico furiosa e dou chiliques à toa, sem qualquer motivo aparente e acabo estragando todo um dia que havia sido belíssimo. Sei que devo parar, sei que devo mudar nesse aspecto ou então acabarei perdendo alguém que me importa, e muito. Tanto...
Por que não consigo ser mais valente? Me dói respirar, me dói pensar, me dói essa minha dor...