Preciso quebrar o cristal da utopia.

Desde longe te observo, por trás de todos esses arbustos. Vejo. Te assisto.

Suspiro.
Tomo meu copo de café enquanto te analiso. Sua cabeça é pequena, olhos juntos demais, sorriso meio sem graça... Sua conversa não é das melhores, e honestamente, pouco te conheço de verdade. Nada que me atraia, nada que me impressione, absolutamente nada.
Você me atrai. Me atrai não sei como, pois nenhum atrativo consigo encontrar.
Quero te ver, te conhecer mais a fundo. Saber dos seus defeitos e virtudes mas, principalmente, poder enxergar com olhos humanos que tudo isso não passa de uma recaída, uma carência absurda. Basta tirar essa película de fantasia dos meus olhos e observá-lo atentamente.
Quero te ver. Quero te ver. Preciso te ver. Preciso quebrar o cristal da utopia.

Um pouco de tristeza

Tem vezes que eu fico feliz com o meu novo estilo de vida, esse que eu já não me apego a ninguém. É bom, é útil e não machuca.

Agora, tem outras, que eu tenho vontade de gritar e chorar na tentativa de voltar a ter os sentimentos e a ética que sempre tive.
São dois estilos de vida opostos... Para duas Natálias completamente diferentes...

Robôs não amam

Ando fria, meio robótica talvez. Sentimentos intensos não mais, o amor está longe de mim; tão longe como nunca pensei que fosse estar.

Correspondido ou não, platônico ou real, nada mais habita meu coração. É como se ele houvesse envenenado-se, não sei muito bem com o que, talvez com a realidade.
Pode ser que eu esteja em uma mutação convertendo-me em mais uma qualquer desse mundo. É possível deixar de amar?

Gostaria de me convencer, ah, como eu gostaria de me convencer...

"Pra que ficar, ficar aí parado...

... ou de braços cruzados, vendo o tempo passar! Eu vou curtir, curtir o ano inteiro pois Deus é brasileiro e também vai me ajudar!"

Esse fim de semana resolvi ficar bem louca. Ontem, sexta-feira, resolvi sair pra fazer festa com minha amiga, como nos velhos tempos! Foi bem divertido, o único detalhe é que eu não podia dormir porque tinha cursinho na manhã seguinte!! Resumindo: ficamos na festa até as 6 da manhã, então fui pra casa dessa minha amiga, que é pertinho do cursinho, comi um lanchinho e bebi mais um pouquinho de vinho e me fui pra aula!
Desastre total. Assim que cheguei, comprei um café no bar e consegui ficar pior ainda. Me atirei na mesa e fiquei meio dormindo e meio prestando atenção. Depois desse 1 período, matamos o segundo (que era só bobagem mesmo) e fiquei atirada num puff do cursinho com minha amiga, assustando todo mundo com a minha cara de zumbi. Então ela me obrigou a tomar outro café e eu fiquei completamente hiperativa pra próxima aula, mas minha hiperatividade durou apenas alguns minutos... Logo eu já estava morrendo outra vez.
É claro que nesse meio tempo soltei umas pérolas pra minha colega, a Carla, e a gente anotou no caderninho de pérolas que a gente solta no cursinho haha :P
Voltei pra casa no intervalo e capotei aqui na cama. Acordei as 15h e daqui a pouco vou tomar um banho amigo e me arrumar pra festa dessa noite. É minha gente, to mudando... To virando festeira, me obrigando a sair. Não faz muito meu estilo mas to gostando ;)

Muito para dizer nada

Hoje acordei as 5h50min e como de costume, me arrumei e fui para o cursinho. Tive um bom dia, muito produtivo e com algumas situações que me surpreenderam e mexeram com meus sentimentos de uma maneira que não conseguiria explicar.
Depois de muita bagunça na aula e de acabar com um casaco encharcado de Pepsi, fomos liberados! O dia estava lindo, lindo mesmo! Um dia nostalgico, daqueles que se é totalmente impossível definir. Dias que trazem aquela sensação única para cada pessoa... Pois é, esse era o dia.
Ficamos um pouco ali pelo centro, todas cansadas, até que decidimos voltar para casa. Eu, além de muito pensativa por natureza, fui ainda mais influenciada por esse clima e resolvi dar umas voltas pela cidade antes de voltar para casa e aproveitar o fim de tarde.
Me pus a pensar em várias coisas, criei novas teorias e me surpreendi com elas, por mais óbvias que sejam. Ultimamente andei me dando conta de que passei a sentir na própria pele muitas coisas que antes só sabia que existiam, ou "entendia".
Enfim, me dei conta de que o amor é algo muito mais complexo e complicado, como tudo na vida, aliás. O amor como um todo, não somente os problemas em um relacionamento ou um "quase" relacionamento. Percebi que o amor é algo complicado de se começar. Sim. O amor real, digamos dessa maneira.
Em toda a minha vida eu idealizei demais as pessoas e me apaixonei pelo pouco que conhecia delas, ou ainda, pelo que imaginava conhecer. Agora creio estar mudando completamente, talvez não tanto na prática, entretanto sinto que meus pensamentos, minhas experiências e sentimentos vão me fazendo pensar, ver e sentir as coisas de uma maneira muito diferente do que sempre estive acostumada.
Mas, voltando ao que ia dizendo, o amor por uma pessoa "real", no meu caso ao menos, é algo extremamente complicado. Para mim é um grande desafio conhecer uma pessoa interessante, ir descobrindo pouco a pouco suas características e realmente gostar delas, sem fantasiar tanto como de costume... Isso já é difícil, mas mais difícil ainda é conhecer "essa pessoa" interessante e ao mesmo tempo sentir um interesse mais profundo nela.
Difícil, muito difícil, mas esta é só a primeira parte. A segunda é que os sentimentos sejam correspondidos, mas nem quero me aprofundar nessa questão.


Outro dos meus pensamentos dessa tarde pode-se dizer que foi um tanto óbvio, contudo isso é o que havia mencionado no início da postagem: certas vezes é necessário refletir mais profundamente algumas questões, por mais bobas que pareçam ser, para que então possamos realmente compreende-las.
Inúmeras vezes nos perguntamos por onde anda aquela pessoa, a pessoa pela qual buscamos, a que ainda não conhecemos, mas a que buscamos e buscamos e buscamos incansavelmente... Pois bem... Agora quero que você seja sincero comigo. Alguém certamente já lhe disse, em algum momento da sua vida, para você deixar de se preocupar porque essa pessoa também deve estar por aí, em algum lugar, também pensando em te encontrar.
Mentira. Mentira, mentira e mais mentira. Isso não é certo.
Em primeiro lugar, ok, não vamos eliminar totalmente essa hipótese porque não é impossível, mas as chances são mínimas. Segundo, essa pessoa certa pode não estar pensando em te encontrar. Ela pode não estar nem aí para isso ou ela pode estar em um namoro sério, pensando que aquela outra pessoa é a pessoa certa para ela. E terceiro, o que é a pessoa certa? O que é a pessoa certa para você? É a pessoa que vai evoluir contigo, compartilhar uma vida e etc? Ou então é a pessoa certa para determinado momento da tua vida? É a pessoa que vai te acompanhar até sempre ou é a pessoa que é exatamente o que você precisa naquela hora, mas que depois se vai, muda e ambos seguem suas vidas?
Se for o primeiro caso, todos ainda temos muito tempo para encontrar a essa pessoa e se for o segundo, também. Não existe idade certa para encontrar o amor da nossa vida, mesmo que a mídia tente por em nossas cabeças que devemos encontrá-lo antes dos 30 anos de idade.
Ah, outro detalhe a ser levado em conta é que, essa pessoa, pode ser a pessoa errada agora. Sim, ela pode ser a pessoa errada agora e se converter na pessoa certa em algum tempo.

E é isso, já me estendi demaisssss hoje, cheguei a me perder nas palavras no final da postagem... Mas precisava escrever hoje, mesmo que não saísse nada.

pequenino momento de tristeza

Tudo aquilo que começa rápido demais tende a acabar da mesma maneira. Então é bom eu pegar leve com os estudos, hehe.


Agora eu entendo, me ponho no lugar e me vejo a mim mesma em um passado recente. Como não pude perceber antes? ...E eu me converto em somente uma fuga da realidade. Só isso. Simplesmente, isso.
Fico triste. Fico feliz. Fico ficando. Fico, apenas.

Meu calcanhar de Aquiles


É engraçado porque ultimamente sempre que eu preciso escrever as palavras já não saem mais tão facilmente como antes. Começo a escrever essa postagem com o receio de que pare ainda pelo início, apague tudo e volte a deixar tudo em branco.
Tenho coisas triviais para escrever aqui, por exemplo: cortei meu cabelo eu mesma e agora tenho que ir urgentemente na cabeleireira arrumar o estrago ou como estou perdendo o primeiro dia do cursinho... Mas falar disso tudo não faria eu me sentir melhor.
Não estou infeliz, isso nunca mais! Mas estou triste, estou chateada, estou desanimada, decepcionada, confusa... Comigo mesma, claro.
Sabe, muitas vezes eu posso parecer intensa demais falando sobre assuntos do coração, já outras vezes posso conseguir parecer fria e, inclusive, cruel. Acho que nos ultimos dias tenho passado a impressão da segunda alternativa, mas a verdade não é essa. A verdade é que eu também estou triste, eu também estou mal, também me é difícil deixar tudo pra trás e seguir adiante só, como sempre.
Eu tenho um problema: quando meu amor é totalmente sem fundamento, totalmente platonico, parece que sou melhor pessoa, melhor amando, melhor tudo. Já quando encontro alguém real, uma pessoa exatamente como eu havia pedido a Deus durante toda a minha vida, dou um chute nela e escolho ficar sozinha. Opto por ficar com toda a solidão para mim só, justo como uma criança egoísta que escolhe ficar com seu brinquedo. Ficar indo no DCE, vendo pessoas vazias, bebendo e estando sem ele. Soa mal. Por que? Alguém me explique o porquê dessas dúvidas constantes na minha cabeça, dessas dúvidas estonteantes, da ingratidão e dessa inconstancia que não passa. Alguém me explique os meus sentimentos, o amor... Preciso de alguém que me diga o significado de tudo isso e me guie, dizendo-me sempre o caminho que devo seguir. Preciso aprender a amar, aprender a distinguir sentimentos, aprender a tomar decisões e me manter firme a elas.
Acho que o tema amor é o meu ponto fraco. Sempre foi.


GAME OVER, NATÁLIA.

Poema (in)acabado

Aqui deixo um poema inacabado desde... Nem sei mais! Início de junho, talvez. Esse poema é dedicado a minha mãe quando partiu de volta para a Espanha.

Mãe

Ela foi embora
espalhando o mel da saudades
através de seus olhos lambuzados
Açucarados.

A vi saindo pela porta
para não mais voltar.

Minutos se passaram,
dias e meses passarão
e eu, aqui,
acompanhando os traços do tempo
pousarem sutilmente sobre seu rosto
À distância, à distância...