Meu pranto interior

Sou simplesmente patética. Tola, boba, sonhadora. Não quero mais o amor, não quero o afeto, nada disso em mim. Quero endurecer feito pedra.
Não cheguei a contar as marcações do meu blog mas aposto que a palavra "amor" tem o maior número de postagens e isso me entristece. Principalmente porque amor é algo que nunca senti, acho eu.
Amor, amor, nem quero mais saber o que é isso. Quero que as paixões vão embora, sejam platônicas ou não. Quero ficar sozinha porque no fundo é assim que sempre acaba tudo. Tudo acaba em solidão. Nos relacionamentos, na tumba.
Quero chorar. Quero me derreter feito manteiga, me desmanchar feito açúcar, cair feito chuva. Preciso liberar o fato de não conseguir endurecer feito pedra, nem esfriar feito cadáver. Preciso chorar como Alice no País das Maravilhas, causar um dilúvio, uma enchente, formar um mar. Até não haver mais choro e o pranto cessar, as lágrimas secarem enquanto eu sigo ressecada.

One thoughts on “Meu pranto interior

  1. Meu coração é um traste triste que aos tropeços atrofia
    E é a treva
    E é a trava
    Tanatotântrica trovoada
    GK

    ResponderExcluir