Resgatando o positivo do passado para seguir em frente sem ele.

Lembrar sempre me pareceu mais apetitoso que olhar pra frente. Pensando bem, posso dizer que sempre fui uma pessoa com um imenso medo de viver. Medo do novo, medo da mudança, medo de crescer, medo do ciclo natural da vida...

Sou medrosa, embora consciente de que cada novidade traz consigo novas experiências, surpresas e aquilo de mais mágico que a vida nos proporciona.
Tento! Juro por tudo que tento mudar esse meu jeito pessimista e medroso. Busco o otimismo, busco voltar a apreciar o cheirinho do ar entrando pela janela em um dia ensolarado de primavera. Ver a luz característica do sol se pondo (sem vê-lo), banhando os edifícios e casas da cidade. O céu, pássaros, seres humanos, o conjunto, o todo. Quero ver a beleza, quero exercitar a felicidade, já que aprendi o caminho para encontrá-la nos momentos mais tristes, mas também nos felizes. O caminho é o mesmo.
Quero a paz. Quando se tem esse tipo de paz a qual me refiro, a intensidade do amor, dos problemas e tristezas torna-se tão pequena... Transforma-se em um grão de areia compondo a beleza do universo, de tudo o que conhecemos e deixamos de conhecer. Até mesmo a tristeza é bela quando se tem uma visão mais ampla e positivista de tudo. Quero e vou continuar exercitando e tentando. Tentando, tentando, tentando... Tentando sair da minha "zona de conforto", do meu comodismo não tão cômodo, e conseguir voltar a reparar em todas essas as pequenas coisas com um grande olhar.
Conseguirei amar e apreciar o sol se pondo, mesmo sem vê-lo.

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