Natália está presa em uma caixa


A algumas horas atrás estava vasculhando caixas procurando pelas minhas palhetas do Exodus e Overkill, quando me ocorreu abrir minha caixinha de recordações. Aqui estava eu, segundos atrás seguia vasculhando a mesma caixa que horas atrás, lendo e vendo minhas melhores e nem tão agradáveis memórias. Mergulhei fundo em um mundo de lembranças e no final das contas me deparei ante mim mesma dentro daquela caixinha de correio verde com desenhos de macacos e tucanos. Me dei conta de que não lembrava que árvore tem acento, e uma coisa tão simples e aparentemente boba como essa me deu o que pensar. Agora a caixa está fechada.
Me atrevi a assistir as gravações que meus amigos me fizeram ano passado ou talvez no anterior, vivi um pouquinho a través da internet, como se estivesse vendo um seriado da minha vida. Muitos de vocês poderiam ter pensado (se soubessem da existência das gravações) que assisti isso umas mil vezes pra matar a saudade, pra rir, pra chorar, seja lá o que vocês pensem que eu sinto, senti ou deveria sentir ao ver as filmagens. Errado, essa foi a segunda vez em um ano ou mais. Depois disso resolvi guardar na caixa, e provavelmente em um ano ou algo mais eu volte a assistir esse DVD, acho que vai ser uma das últimas vezes.
Encontrei um bilhete de amor, uma carta de uma ex-amiga, carta dos amigos pra eu me divertir lendo na viagem de avião, bobagens da escola, fotos 3x4... Ainda vou fazer uma limpa nessa caixa e deixar somente o que eu considero realmente especial, pro resto talvez faça uma caixa de memórias; nada que me traga necessariamente boas recordações, só coisas que não gostaria de esquecer.

Hoje tive uma manhã e tanto... Acordei as 7 horas, comi Cheetos aí pelas 8 e fiquei assistindo Shin Chan. Falei uma meia hora pelo msn e o resto... O resto é isso tudo que acabei de escrever. Agora vou comer alguma coisa pra chegar a tempo na psicóloga. Tenham um bom dia.

P.S.: Parabéns pelo "Exelente" mãe, tu merece.

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