A fase baixo-astral está voltando?

Estou muito pensativa, poderia escrever milhões de coisas sobre diversos assuntos hoje no blog, mas a certeza de que não conseguiria acabar nenhum desses pensamentos de uma maneira compreensível prefiro me calar.
É tão estranha essa sensação de sentir como se não houvesse maneira de que fosse ser feliz aqui nas condições em que me encontro e ao mesmo tempo de saber que seguramente sentirei muita falta dessa vida a qual não consegui me adaptar. Soa um pouco masoquista, e talvez até o seja pois não consigo encontrar explicação para isso, mas sentirei falta até dos momentos que mais infelicidade me trouxeram. Não dos momentos em si, mas das épocas. É uma espécie de explosão de sentimentos, de sofrimento misturado com desespero, com alegrias e com muitos mais que nem saberia explicar. Não sei quando conseguirei superar isso e deixar de viver com essas lembranças sempre presentes no meus dias, meu coração sempre dói um pouco. Se parece a sensação de ter um pedaço de uma flecha (ou qualquer outra coisa...) cravada no peito e não poder tirá-la. Se você tira, você morre. A pessoa acabaria se acostumando a ter a flecha ali e continuaria com a vida dela, acostumada com a situação. Suponho que não deve ser nada agradável ter um pedaço de flecha cravado no peito e que um deve ter isso sempre presente.
Eu não tenho uma flecha, nem uma bala ou um espinho. Tenho simplesmente palavras, gestos, olhares... Estou buscando a palavra certa para simplificar todas essas maneiras de expressão "invisiveis" porém perceptiveis que o ser humano é capaz de usar, mas não consigo encontrá-la.
Não gosto de falar muito sobre isso, não gosto de parecer coitadinha e muito menos de me tratar como uma, mas algumas vezes é inevitavel.
Queria falar das minhas amizades, da minha avó, da minha futura ida para o Brasil, de todas as mudanças repentinas na minha vida sem sal, dos meus estudos, de não ter um objetivo... Queria tanto ser compreendida. Por isso escrevo no meu blog, porque é como falar com um outro alguém, que me entende e me escuta. Nunca tenho que me preocupar se estou sendo inconveniente ou muito baixo-astral.
Dia trás dia me vejo mantendo dialogos com a minha imagem refletida em um espelho do mundo das palavras. O mínimo que devo fazer é escutar a mim mesma.

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